terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Paixão Voluntária

Um dia eu acordei morrendo de saudade de sentir essas emoções que a gente sente quando se apaixona. Um vontade de parecer ridícula, infantil e pura. Você apareceu no bar já com cara de bêbado, mas não me importei. Quis me apaixonar por você, te dar a chance de fazer parte dos meus pensamentos mais sujos, de não querer me ver indo embora, de subir no seu cavalo e me salvar de dias tediosos e medíocres. Logo você, que só chamaria a minha atenção passando por mim banhado em chocolate. Resolvi te dar uma chance de me ver apaixonada por você. Tomamos goles de cerveja travando uma batalha de olhares. Arrumei o cabelo, melhorei o decote, te dei sorrisos sacanas. Ouvi piadas das amigas, afinal, você era muito mais novo, carregava consigo o mínimo de beleza apresentável e ainda tinha um jeito meio estranho. Mas o que eu posso fazer se, quando se quer apaixonar, a vontade é tão voluntariamente forçada que perdemos a noção do ridículo. Conversamos. Gostei do seu cheiro, mas seu papo é fraco.Culpei sua bebedeira adolescente, seu nervosismo por estar diante de uma mulher de verdade, culpei seus amigos que te deixaram tenso. Mas como sou realmente muito bacana, decidi te arrancar do fim da fila e te dar mais uma chance... no msn. Francamente, não há paixão que resista a tantos erros de português.

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